sexta-feira, 18 de novembro de 2011

AULAS DE DIREÇÃO


CRÔNICA Nº 32
AULAS DE DIREÇÃO
            Nasci para dirigir. Assim defino a minha alegria ao sentar no carro da auto-escola pegar o volante, botar pé na embreagem, acelerador e freios; mudar marchas e ver o carro sair.
            A sensação ao fazer isso pela primeira vez e de me sentir tranqüila, calma e porque não dizer segura, foi a coisa mais incrível da minha vida. Sempre quis aprender a dirigir e sempre tive sonhos dirigindo e dirigindo muito bem, sempre tirando o carro e as pessoas do perigo.
            Antes da primeira aula prática achei que ficaria nervosa e com medo, mas felizmente foi o contrário, eu não sinto nenhum pavor em dirigir, em pegar o trânsito, pelo contrário, me sinto mesmo é muito feliz.
            Nunca fui dada às frescuras e ao medo. Quem tem medo das coisas não vive, vegeta. Viver com medo de tudo atrasa a vida e atrapalha o próprio trânsito e o dos outros. Um grande autor brasileiro diz na sua obra mais famosa: “Viver é perigoso...”. É mesmo, é perigoso demais, mas há que se ter coragem para enfrentar os medos, as dificuldades, os obstáculos e buscar vencê-los porque quem não os vence certamente será vencido por eles.
           Ter um pouco de medo também é necessário, ele nos impede de fazer algumas besteiras, mas não se pode deixar paralisar-se por ele. Assim, ao dirigir deixei de lado todo e qualquer receio e mando ver, boto pra lá. Na maior segurança e tranqüilidade estou por aí, pelas ruas da cidade, aprendendo a dirigir. Estou muito feliz com a possibilidade de ter um carro e adquirir mais independência ainda, não depender de buzu pra ir e vir. Ficarei presa no trânsito muitas vezes, mas é melhor ficar sentadinha no trânsito que uma hora em pé esperando o buzu.  Merda é isso!

Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 18 de novembro de 2011.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CRISTO REDENTOR


CRÔNICA Nº 31
O CRISTO REDENTOR DO RIO DE JANEIRO

            Eu não conheço todas as paisagens do mundo, longe disso estamos todos nós... eu, só conheço além do Brasil, a Argentina, assim mesmo só a Capital Federal e embora seja uma linda cidade e apesar de ter ficado imensamente maravilhada com Buenos Aires e seu formato de piso de uma casa, toda organizada em quarteirões, de conhecer  outras cidades do Brasil,, há uma  paisagem nesta terra que, ao menos pra mim, não se compara a nenhuma outra. Talvez um dia, quando eu for à Itália e à Grécia, eu veja paisagens que me deixem mais deslumbrada que esta, da qual estou falando e dá título a este texto: o Cristo Redentor,  cravado no Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro. A estátua em si é uma coisa inacreditável, a paisagem que se vê de lá de cima, é realmente uma coisa maravilhosa, como é chamada a cidade.
            O Cristo, fincado  no Morro do Corcovado,  está a 710  metros acima do nível do mar e foi construído sem perder nenhum de seus trabalhadores em acidentes. É realmente uma coisa espantosa. Sua construção foi entre 1926 e 1931.
Em 7 de julho de 2007, o Cristo Redentor foi eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em eleição pela internet e mensagens de celular. Na ocasião, eu que sou fã incondicional desse ponto turístico brasileiro, votei pra que ele ganhasse essa eleição e de fato ele ganhou e com justiça, pois de todas as poucas cidades que conheço, o Rio realmente é uma das mais lindas que já vi.
Não conheço uma só pessoa que tenha ido ao Corcovado e tenha dito que não gostou, que achou chato, feio, quente, frio ou outros predicativos negativos. Todas as pessoas que ali se encontram, em visita, estão em  absoluto êxtase, vê-se na cara das pessoas o espanto, a admiração, a alegria de estar ali, naquele morro tão alto, tão perto do céu. Estar ali é de fato estar perto de Deus, representado pela estátua do Cristo. É lugar de turismo, mas também de oração. No fundo há uma pequenina capela dedicada  à Nossa Senhora Aparecida, a nossa Padroeira e quem quer rezar vai lá, ou reza-se ali mesmo de joelhos, em pé, sentado, na frente do Cristo. Eu senti vontade, mas achei que era pagar mico demais ajoelhar-me ali, então fui à capelinha e lá eu rezei, agradeci por aquele momento. Ainda quero levar meu pai e minha mãe ao Rio, só para visitar o Cristo. Será muito emocionante pra eles  assim como é pra milhares de pessoas do mundo inteiro.

Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 15 de novembro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

O CASO DO XINXIM DE BOFE


CRÔNICA Nº 30
O CASO DO XINXIM DE BOFE

             http://tudogostoso.uol.com.br/receita/41537-xinxim-de-bofe.html
    Eu, minha irmã, meu  cunhado  e sobrinhos, fomos no último domingo a uma festinha de aniversário de um garotinho, de três anos, filho de um casal amigo.Lá na festinha foi servido um xinxim de bofe o que nos fez lembrar de uma outra festa, onde também foi servido um xinxim e  também de bofe. Foi a festa de aniversário de uma de minhas irmãs.  Ela resolveu fazer uma reuniãozinha  com banda de pagode e tudo, sambinha fundo de quintal. Naquela ocasião, ela quis servir um xinxim de bofe e me perguntou quantos quilos de bofe deveria cozinhar, de acordo com a quantidade de gente que convidou.
Perguntei pra ela:
- Quanto de bofe você vai comprar?
Ela me respondeu:
- Uns seis quilos para “X” pessoas.
Pra dizer a verdade não me lembro a quantidade de gente... Eu, que sou metida a cozinheira disse:
- Acho seis quilos pouco. Acho que você deve comprar 10 quilos.
    Ocorre que eu não tinha a menor ideia de quanto seria 10 quilos de bofe e muito menos o quanto isso renderia depois de cozido.
   O tal do bofe, depois de moído ou cortado miudinho, simplesmente incha, rende horrores.
Bem, os bofes para quem não sabe, são os pulmões do bicho, no caso, do boi. Todos sabem que os pulmões são órgãos dos corpos humano e animal e sabe também que a respiração de ambos só é possível por causa deles, daí foi que eu tirei uma conclusão sobre o fato do tal bofe crescer tanto depois de cozido. Quando inspiramos o ar, os pulmões não incham?  A caixa torácica, não estufa, cresce? Pois é, vai ver que é por isso que o danado rende tanto quando cozido. Claro que isso é uma piada, uma brincadeira minha, mas bem que são situações parecidas relacionadas aos bofes.
    Pois bem, voltando à festa de aniversário de minha irmã, a coitada seguiu meu conselho de metida a super-chefe e comprou os 10 quilos de bofes. Cozinhamos, ficou uma delícia; bem temperado com coentro, cebola verde, alho, corante, pimenta do reino, cebola, tomate e bastante camarão seco, finalmente para arrematar, o dendê. Ficou muito gostoso, mas foi muito xinxim, rendeu para umas 200 pessoas, palavra de honra. Acabou a festa, todo mundo levou xinxim pra casa e ainda sobrou xinxim para comermos três meses. Olhe que no dia, o povo comeu até dizer chega. Essa comida durou tanto tempo que tivemos que jogar fora depois de tantos meses. Não aguentávamos mais! 
    Foi tanto sucesso que a iguaria fez que até hoje nos lembramos dela em ocasiões como essas.
Ufa! Chega de xinxim, mas só por enquanto, porque sempre é tempo de comer uma boa  comida baiana!
    Vale esclarecer que os bofes são os pulmões, temos  dois; e bofe é o nome da comida, ou seja, xinxim de bofe e não xinxim de bofes.

Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 26 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Internet


CRÔNICA Nº 28
INTERNET

            Dizem por aí que a velocidade que uma informação é veiculada na internet é astronômica. Jogou na internet estoura como rastilho de pólvora. Essa informação deveria ser corrigida... não é bem assim... tenho cá minhas desconfianças em relação a isso, porque também tenho minhas razões para pensar assim. A internet é de fato um instrumento eficiente de divulgação, mas é principalmente eficiente para divulgar as coisas negativas. Por exemplo, é possível uma gangue se reunir depois da combinação via internet, para fazer alguma maldade, do tipo, queimar mendigo na praça ou espancar homossexuais, torcida organizada marcar encontro pra pegar gente de outra torcida, racistas que se reúnem para atacar as minorias e por aí vai.
            Muita gente vai pra internet pra falar bobagem, divulgar besteiras e nem se trata só de adolescentes e jovens; se trata  também de pessoas adultas que usam a internet para coisas fúteis. Claro, tem muita gente que a usa para o bem, para falar de seu trabalho, gente que usa para divulgar boas ações, mas  reparando bem,  tem uma parte da galera que usa para pouca coisa interessante.
            A internet serve para conhecer pessoas novas, fazer novos amigos que podem ser só virtuais e podem se transformar em amizades reais; tem gente que casou com gente que conheceu na internet e que é muito feliz no casamento... mas há que se ter cuidado, nem toda a gente da internet é sincera e honesta e as histórias estão por aí para provar.
É muito legal falar com os amigos, principalmente com aqueles que não se vê  há muito tempo, porque essa é a única oportunidade que se tem para isso. Gastar tempo e dinheiro com bobagem é coisa de gente besta. Pagar banda larga caríssima como é no Brasil e na Bahia, pra quê? Pra discutir o sexo dos anjos? Pra dizer: “vou ao banheiro”. “Vou tomar banho”. “Estou ao telefone”; caso das mensagens do Twitter? O talzinho do Twitter é super chato, não se pode escrever muito nele, para pessoas prolixas é péssimo. É bom para divulgação, pra pessoas que tem muitos seguidores, empresas que também tem gente às pencas seguindo-as, mas não serve pra todo mundo.
Os sites de relacionamentos são ótimos, cada um com uma função diferente, mas todos com o mesmo objetivo que é juntar as pessoas do mundo. Facebook, Orkut, Badoo, Netloog etc. São muitos, gosta-se mais de uns, e de outros menos. Ainda tem os de relacionamentos profissionais, onde as pessoas divulgam seus currículos e habilidades, junta  profissionais de áreas afins.
            Além de tudo isso a internet serve para pesquisas diversas, de coisas que interessam aos vários profissionais, tirar dúvidas e aperfeiçoar o conhecimento, mas até pra isso deve-se ter cuidado, pois há muita informação errada e duvidosa.
Assim vou vivendo e interagindo na internet, já há muitos anos. Aqui conheci muita gente legal com quem ainda mantenho contato, amigos de verdade; outros sumiram, nunca mais ouvi falar e embora saibam como me encontrar, não me procuram. Bem, esses também não me interessam. O importante mesmo é que se saiba usar a internet e usá-la para o bem, porque só assim podemos justificar a sua importância para todos nós.


Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 12 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ISSO É AMAR, É?


CRÔNICA  Nº 10
ISSO É AMAR, É?


Fonte da imagem: recantodasletras.com.br

            Este texto será sobre um sonho que tive há algum tempo, não lembro exatamente quando, mas trabalhava em um colégio que fica em Colinas de Periperi, por isso a data nem presumida poderá ser, assim colocarei uma que seja mais ou menos entre 2007 e 2008.
            O sonho aconteceu no dia que dormi em Periperi, na casa de um colega que também era professor da mesma escola.
            Sonhei que estava noiva, o noivo eu nem sei quem era, não o reconheci no sonho, mas estava noiva desse cabra macho. Macho e machista. Pois bem, estávamos numa casa grande, numa sala enorme, toda branca. Piso de mármore branco e de paredes muito alvas. Esta casa era do tal cara e de suas irmãs e todos eles moravam ali, eu não, eu não morava ali. Eu estava sentada num sofá enorme e confortável, também branco, na paz de Deus, muito bem vestida, de salto, perfumada, maquiada, toda bela. De repente, não mais que de repente, chegou o tal noivo, com baldes, panos de chão, vassouras e rodos na mão; me  olhou de cima, já que ele estava em pé e  eu sentada, em situação inferior  a ele, e me disse:
- Alba, vá limpar a sala!
Entregou os materiais em minhas mãos e eu, meio que hipnotizada, levantei  e  obediente  saí  da sala e fui para um quartinho para me trocar e ir limpar a tal sala. Lá, me vesti com uma velha camiseta e uns shorts para fazer o trabalho. Ocorreu que no meio dessa preparação, eu parei, joguei o material pro lado e disse a mim mesma:
- O quê? Eu, limpar aquela sala enorme, toda branquinha? É ruim, hein?!  Eu lá sou empregada dele? Não, não vou fazer nada disso. Ele diz que me ama e me manda limpar a casa? Isso é amar, é? Isso é amar, é? Não, isso não é amar!
Saí da tal casa indignada, fui embora pra nunca mais voltar.
Esse sonho deu a maior resenha na escola. Quando cheguei no outro dia e contei pra galera, todo mundo riu muito, adorou o sonho e virou o bordão de todos os professores, foi para o mural da escola e tudo que nos indignava nós  dizíamos: “ Isso é amar, é?” “ Isso é amar, é?”...
Nunca esqueci o sonho porque o contei trezentas vezes e, além disso, era bem encadeado, com início, meio e fim.
Foi muito divertido, mas verdade jamais seria, pois nunca me submeteria a ninguém dessa forma, ainda mais pra fazer trabalho doméstico, que eu odeio, só o faço em minha casa porque não  tem jeito e a única coisa que ainda faço com gosto é alguma comida, afinal se eu não a fizer como comerei? Como me sustentarei? Como ficarei em pé? Se bem que no sonho eu só me submeti por uns minutos, inicialmente, mas depois pensei melhor e me piquei que não sou besta  nem nada, nem em sonho. Tem gente que pensa... pensa coisa até pior de mim, mas como eu me amo muito e tenho auto-estima, danem-se aqueles que pensam isso ou aquilo de mim, enquanto perdem tempo comigo, eu vivo a minha vida e sou feliz, mesmo sendo professora... 
Isso sim é amar!  Isso sim é amar!  É se amar.


Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 2008

















quarta-feira, 5 de outubro de 2011

TEATRO


CRÔNICA  Nº 27
TEATRO
         O teatro é o ápice da arte. Ali, literalmente, recria-se a vida com várias licenças poéticas, dizer isso pode parecer redundância e de fato o é, visto que poesia, música, teatro,  tudo é literatura.
         Ir ao teatro, no Brasil, é algo para poucos. Ir ao teatro, na Bahia, é para pouquíssimos. Fazer teatro, então, é coisa das mais difíceis do mundo aqui nessas bandas brasileiras e baianas. Os motivos são vários: o incentivo e fomento à cultura é fraco, o ingresso é caro, os espaços são poucos, as pessoas têm pouco interesse por essa bela arte... atores e demais profissionais do teatro não faltam, a academia forma profissionais todos os semestres, mas onde trabalhar, o que fazer? Perguntas difíceis de serem respondidas, afinal todo recém-formado passa pelo mesmo dilema, mas nas áreas das artes isso é muito mais complicado.
         Apesar de todas  as dificuldade tem gente aí na estrada, lutando, botando seu talento e o de outros na rua, na batalha, a trancos e barrancos, sem nunca desistir, sem nunca se cansar, e um bom  exemplo disso é a CIA TEATRELADOS, de Feira de Santana que tem à sua frente uma parte da família Vega, mais especificamente, Susana Vega que é atriz, autora e diretora da companhia e das peças montadas por ela mesma tendo como seu maior apoiador e incentivador, o seu marido Edson Porto, que é o produtor. Essa é uma família de talento, visto que os dois filhos do casal também são atores, sonoplastas, iluminadores; enfim, uma família de múltiplas facetas e que leva o nome de Feira de Santana para todo o estado  da Bahia.
         Já assisti a dois espetáculos da CIA TEATRELADOS, O “Martins Que Pena” e agora o “Chicos, a Comédia que Todos Querem Ver”. Saí do teatro de alma lavada de tanto rir, tanto em um como no outro. Esse último é uma mistura de drama, comédia e musical bem embalada pela boa música de Chico Buarque de Holanda e ainda tem dança. É um espetáculo completo em que vários gêneros da arte estão presentes fazendo um corpo único com um especial jeito baiano de tratar as letras de Chico. Uma peça engraçada e muito inteligente, que trabalha a luz, o cenário, o figurino, a música  de forma harmoniosa, bonita e alegre.
         Não sou crítica de teatro, pouco sei dessa arte que eu tanto amo e que encanta a tantas outras pessoas, mas tenho sensibilidade suficiente, talvez por ser professora de literatura, para entender, saber e reconhecer um bom espetáculo de teatro, por isso fiz questão de me debruçar sobre este texto para assim poder homenagear a todas as pessoas que se dedicam a transformar a vida em plurissignificação, trazendo mais beleza e diversão por meio das artes cênicas.


Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 3 de outubro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

MILAGRE DA IRMÃ DULCE


CRÔNICA  Nº 25
MILAGRE DE IRMÃ DULCE

           
            Esta crônica trata de um fato que me deixou absolutamente maravilhada, estupefata e se não tivesse sido relatado por alguém das minhas relações provavelmente eu não teria ficado tão tocada como fiquei. Trata-se de um acontecimento relacionado à minha amiga Eliana Mendes e sua netinha Catharine.     
            Relatarei, do meu jeito, no meu estilo, o que Eliana me contou.
            Ela pediu que quando eu tivesse um tempinho que eu comprasse pra ela uma santinha de Irmã Dulce porque ela não estava encontrando lá em Aracajú. Disse também quem poderia ser uma pequenininha, que o importante era encontrar a imagem. Me disse que a Irmã Dulce havia operado um milagre na neta dela. Nesse momento, tomei o maior susto e muito surpresa  perguntei o que tinha havido e como se deu, se ela havia registrado para um dia poder lembrar e testemunhar...
            A neta de Eliana, Catharina, pegou uma bactéria e a medicação não funcionava de jeito nenhum, então, ela fez o seguinte... bom, melhor eu reproduzir a fala de Eliana.
             “- Ela tava com uma bactéria e a medicação não tava resolvendo, foi aí que apelei para a nossa irmãzinha, fluidificando a água, e Catharina ficou curada. Depois fiz o exame novamente e ela estava curada. Sempre faço o exame e dá negativo e todos os dias ela me pede a santinha dela.”
            Eu, muito espantada, perguntei, só para me certificar:
            - você mesma rezou sobre a água e ela bebeu essa água e ficou boa?
            Ela respondeu:
            “- Isso!”
            Continuou dizendo:
             “ - e o mais lindo é que eu dizia pra ela que irmã Dulce é que tava curando ela e ela acreditou, quer dizer que do jeitinho dela a fé fluiu.”
            Eu disse pra ela que é porque na realidade crer já é meio caminho andado para as coisas darem certo. Perguntei também se eu poderia escrever uma crônica sobre o caso, porque eu estava maravilhada, surpresa, espantada, extasiada com o relato e quando fico assim tenho vontade de escrever.
            Eliana disse que sim, que eu poderia escrever e continuou dizendo:
             “- é, quero que as pessoas vejam melhor o verdadeiro amor que nossa santinha tem por todos nós. Catharina tem apenas três aninhos e já sente por ela um grande afeto, eu sempre mostro pra ela na net fotos de Irmã Dulce.”
            Então disse pra ela:
            - Ótimo, é uma forma de divulgar e mostrar que ela realmente era uma mulher santa e assim nós contribuímos de forma efetiva para divulgá-la e aumentar a fé das pessoas nela.
            Perguntei ainda:
            - Quando isso aconteceu?
            Ela disse:
            “ - Há um ano, foi em 2010.”
            Este relato é muito importante para documentar os milagres da Irmã Dulce no caminho para a santificação. Quem viver verá!
            As pessoas não acreditam que existam milagres, não acreditam nos santos; os não-católicos falam cobras e lagartos de nós, mas a verdade é que a nossa fé  e nossa crença tem força e chega até os santos que habitam ao lado de Deus, eles por sua vez intercedem a Deus por nós; se o milagre é feito por eles ou não, isso não importa, o importante é que de fato acontece e quem não acredita deve pagar pra ver, aliás, pagar não, porque Deus nos dá tudo de graça e o pagamento da promessa feita é apenas uma forma de agradecer e é também uma das etapas desse processo de cura.
            Diante de tudo isso não se pode duvidar da palavra de pessoas que jamais usariam o Santo nome de Deus em vão, e nesse caso principalmente, pois  se trata da saúde de uma criança. Ninguém no mundo brincaria com um fato desse.
            Fica aqui a mensagem de amor de uma avó pela sua neta, que na hora do desespero apelou e foi atendida, rezou e foi agraciada, alcançou e foi abençoada ela e toda a sua família. Que a nossa caridosa Irmã Dulce continue intercedendo por todos nós junto ao Pai. Amém!
           

Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 25 de setembro de 2011