CRÔNICA Nº 58
O DIA QUE SE ACENDEU
Acordo para trabalhar por volta das 5h30min, enrolo um pouco com
preguiça de levantar, mas lá para as 6h da manhã eu saio da cama. O
tempo anda muito fechado e aí a preguiça é ainda maior.
Ontem eu
acordei mal-humorada, chateada, triste, nervosa e ao invés de me
arrumar pra sair eu deitei no sofá. De repente ao fechar os olhos uma
luz se acendeu do outro lado da minha cortina azul e branca. Aquela luz
era a luz do dia, o tempo se abrindo, mas não se abrindo como
normalmente... abriu de uma só vez, como uma lâmpada que se acende numa
sala escura. Tomei o maior susto e imediatamente me pus de pé, tal foi
minha surpresa com o fenômeno. Vemos o tempo abrir-se aos poucos; aos
poucos a luz vai dando lugar à escuridão, mas de vez como foi, me
deixou, além de surpresa, encantada.
O dia 17/07/2013 foi muito
especial e nunca vou esquecer a sensação de ver o dia acender e iluminar
toda a minha casa e por conseguinte a minha vida. Foi lindo, espantoso,
maravilhoso e ao mesmo tempo assustador.
Alba Brito Mascarenhas
Salvador, 18 de julho de 2013