quinta-feira, 6 de novembro de 2014

RASCUNHO - CRÔNICA Nº 65



CRÔNICA Nº 65
RASCUNHO

            Este texto merece um alerta. Por favor, não me julguem, o que vou escrever é apenas a transcrição, o relato de uma conversa de uma mulher de 47 anos e uma menina de oito anos.
            Numa bela tarde de domingo, em 06 de fevereiro do ano de 2011, na Praia do Flamengo, conversava com minha sobrinha, Vanessa, sobre coisas da vida e neste diálogo agradável, falei sobre uma garçonete da barraca de praia do pai dela, que chamarei de Juquinha para preservar sua identidade. A conversa se deu como abaixo:
Perguntei pra minha sobrinha:
 − Vanessa, pra você Juquinha é homem ou mulher?
Ela respondeu prontamente:
− Homem!
Eu continuei:
− Sim, mas...  você sabia que Juquinha não é homem de verdade, que ele na realidade é mulher, ele nasceu mulher, só que tem corpo e jeito de homem, se veste como homem, age como homem?
            A menina, muito esperta, ao escutar aquilo, tira uma conclusão genial  dessa minha palestra e pra ser muito sincera, até hoje estou espantada com a dedução  que a mocinha chegou a respeito do assunto.
 − Ah, Aba, entendi! Ela é um rascunho!
            Precisa de maiores explicações?



Autora: Alba Brito Mascarenhas
DATA ORIGINAL: Salvador, 11 de fevereiro de 2011
REVISTA E REESCRITA  EM:  Salvador, 02 de agosto de 2014

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